Coladas à grade que separa o público do palco estavam três jovens bem arrumadinhas - pelo menos até o início do show. Na bagagem das capixabas, sem contar com esta apresentação, uma coleção de 28 shows do NX Zero. Lais Manuella dos Santos, por exemplo, assistiu treze: "Fui a todos os shows deles no Espírito Santo, desde 2008, na Pedreira".
Ao lado de Lais, Lívia Barone soma dez apresentações, o dobro da amiga, a terceira espremida na grade, Raiany Pavan. E para quem acha que se tratam daquelas fãs de 'modinhas', que seguem os ídolos da adolescência sem entender nada de música, muito se engana.
Segundo Lais, o NX Zero mostrou uma grande evolução desde o primeiro disco, "Diálogo", de 2004. "Nestes onze anos de banda, eles amadureceram nas gravações. A banda mostrou isso no Rock In Rio, no ano passado", afirma a fã.
Raiany segue a mesma corrente e analisa que o grupo, radicado no 'emocore', conquistou o respeito do público por explorar outros ritmos em seus trabalhos, como a parceria com o rapper Emicida: "Eles deixaram de lado o rótulo e surpreenderam os fãs, sem deixar de tocar o que sempre tocaram".
Para Lívia, o crescimento da audiência do NX Zero se deve, também, à diminuição do preconceito masculino com o som da banda. "Antes só as meninas que gostavam", responde rápido e se vira para o palco, ao som dos primeiros acordes de uma das principais atrações do Festival de Alegre, o NX Zero.
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