28 de setembro de 2011

O baixista do NX Zero, Caco Grandino fala sobre a trajetória do grupo




Desde 2004, quando lançou seu primeiro CD, “Diálogo”, ainda independente, o NX Zero viu sua carreira deslanchar em ritmo frenético.

Criada em 2001, ao longo destes 10 anos de carreira a banda se firmou como uma das mais populares do cenário brasileiro e conquistou nada menos do que um Grammy, sete prêmios no VMB, cinco Prêmios Multishow da Música Brasileira e centenas de milhares de cópias vendidas.

Para celebrar a data, o quinteto formado por Di Ferrero (vocal), Leandro Rocha (guitarra e segunda voz), Daniel Weksler (bateria), Conrado Grandino (baixo) e Filipe Ricardo (guitarra) gravou em maio o DVD “Multishow Ao Vivo – NX Zero 10 Anos”, com a participação

O band.com.br aproveitou a deixa do lançamento do DVD, que chegou às lojas na última quarta-feira, dia 24, para conversar com Conrado, que fez as vezes de porta-voz do grupo e falou sobre evolução musical,  o rótulo de emocore e o fôlego para mais várias décadas de sucesso.


Como é lembrar do início da banda depois de um Grammy, sete prêmios no VMB, cinco Prêmios Multishow da Música Brasileira e centenas de milhares de cópias vendidas? Vocês já se acostumaram com o sucesso ou ainda se surpreendem?Estranho, pois desde que começamos a tocar nunca fomos pretensiosos em achar que aconteceria tudo isso. E acho que esse é um dos motivos que nos fazem continuar a ser quem somos. Quanto à fama acho que nunca vamos nos acostumar, pois quando as pessoas nos param na rua ou em qualquer outro lugar eu ainda tomo um susto…só depois cai a ficha (risos)…

O NX Zero já tocou em todo o tipo de lugar e começou na cena underground, em locais bem menores. Dá saudades daquele tempo?Muita! A sensação de tocar para milhares de pessoas é incrível! Mas ter a galera ali bem perto, onde você consegue até tocar a galera, é uma troca de energias bem intensa!

Antes de bandas como o NX Zero e o Fresno, o pop imperava nas rádios brasileiras e hoje se ouve muito mais rock. Vocês sentem que fizeram parte deste processo de “resgate”?De certa forma sim, pois acho que houve um intervalo muito grande para o surgimento de novas bandas, tanto que a mídia demorou um pouco para apostar nessa nova geração. Agora o que parece é que as portas se abrirão novamente para o seguimento.

O DVD que a banda acabou de gravar tem várias participações de rappers consagrados e o último CD tem uma pegada bem hip hop. Mesmo assim, vocês ainda enfrentam problemas com o rótulo de emocore? Isso continua incomodando?Bom… Hoje em dia é muito difícil nos rotularem assim, pois passamos por muitas coisas, ficamos mais velhos, tocamos com muita gente de estilos diferentes e escutamos de tudo um pouco. Isso nos ajudou muito a amadurecer nossa música. Agora, se nos incomodamos? Não… Nunca pensamos que nosso som pudesse ser colocado numa prateleira especifica (risos)…

Qual é a maior satisfação que vocês tiveram durante todo esse tempo de carreira?Nossa… Pergunta difícil… Graças a Deus e a todos que nos apoiam, nós conquistamos muitas coisas maravilhosa, mas acho que a mais importante, acima de qualquer outra coisa, é o reconhecimento e respeito dos nossos fãs.

E o momento mais difícil enfrentado pelo NX Zero?Foi quando todos nós decidimos largar faculdade e os respectivos trabalhos para ficar só com a banda, mesmo sem ter assinado contrato com ninguém. Nós arriscamos muito.

Qual a maior loucura que um fã já fez? E a reação de vocês?
Acho que tatuagens. Muita gente tatua NX Zero, nome das músicas, trechos de letras e até os nossos rostos! Esse último nos assusta! Vai que um de nós vira um serial killer (risos)!

Para finalizar, como vocês enxergam o futuro da banda? O fôlego dura para mais 10 anos tranquilamente?
Não só mais 10, mas mais 50! Somos muito unidos e o que mais queremos é tocar até o dia em que houver pessoas que queriam nos ouvir. E se um dia não tiver mais ninguém, tudo bem. A gente volta para a garagem de casa e toca para nossos filhos

Fonte: Band.com.br

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