8 de setembro de 2011

"O Brasil é NX Zero", diz MoMo no Prêmio Multishow

De um lado, ídolos teen, bons vendedores de CDs e donos de hits descartáveis, como as bandas Restart e NX Zero e a sertaneja Paula Fernandes; de outro, artistas com trabalho mais consistente, com menos investimento de gravadoras e, consequentemente, menor exposição midiática, caso de Marcelo Camelo, Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz e Momo. As escolhas do público e do júri formado por dez críticos de música, todos convocados a votar na 18.ª edição do Prêmio Multishow, transmitida terça-feira à noite pelo canal, ratificaram o antigo dogma: habitualmente, quantidade e qualidade não andam juntas.

Foi a primeira vez que jurados foram chamados para eleger os melhores cantores, música, grupo e novidade. A decisão se deveu justamente ao desejo de tornar o prêmio menos passional, evitando que só o gosto de jovens internautas fosse impresso. Dividido em dois, ele se diversificou, mas expôs suas contradições. Resta saber se a curiosidade com o novo foi aguçada.

"O júri dá uma nivelada melhor. O Brasil é NX Zero, mas também é Tulipa, Jeneci", dizia MoMo, na saída. "Ganhei pelo público, tem um gostinho diferente. Mas assim fica mais democrático", opinava a revelação Monique Kessous, cujos dois CDs foram bem avaliados pela crítica. "Já ganhei pela melhor música dos dois jeitos, e um não exclui o outro. Foi uma surpresa, nem sabia que estava indicado na categoria", contou Jeneci. "A gente vence o preconceito todo dia por causa do amor dos fãs", agradeceram, no palco, os integrantes do Restart, que saíram com dois troféus, como o NX Zero e Paula.

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