9 de dezembro de 2011

Rock nacional fecha 2011 sem emplacar hits. NX Zero é citado

Das 50 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em outubro passado, de acordo com a revista "Billboard Brasil", há apenas três de rock ou pop-rock, sendo que apenas uma delas, do NX Zero (em 35º lugar), é nacional.

Com rock em baixa, rap se torna aposta para 2012
Concentre-se nas 15 primeiras posições, dominadas pelos sertanejos Michel Teló, Victor & Leo e Luan Santana: não há nenhum roqueiro.

Até nos Estados Unidos, onde o pop e o hip-hop dominam as paradas, há mais rock --entre as 50 primeiras, cinco são de bandas do gênero, três delas no top 20.

Não é de hoje que os roqueiros perderam espaço no "mainstream" --tanto nas rádios FM quanto nas listas de discos mais vendidos-- mas, em 2011, a queda foi bruta. Qual é o motivo? Faltam bandas boas ou falta público? As opiniões divergem. Rick Bonadio, produtor que lançou bandas de rock bem-sucedidas como o Charlie Brown Jr., diz que vê um período de mudanças. "Algumas bandas surgiram recentemente e a maioria perdeu força rápido, porém, algumas muito boas seguiram em frente e vão permanecer. Caso de duas ou três", diz. "O underground continua produzindo muitas bandas, muitas ruins, mas a definição do rock vem se apurando e, em pouco tempo, teremos mais uma grande onda de bandas fazendo sucesso e fazendo o rock novamente dominar o mercado. O estilo é e sempre será o que mais atrai os adolescentes", especula o produtor.

Alessandro Mello, gerente do núcleo musical da MTV Brasil, acredita que falta um expoente para o rock nacional voltar a crescer. "As grandes bandas de rock de hoje ainda são as mesmas de dez anos atrás. Falta aquela banda que, logo no primeiro disco, você percebe o talento."
"Hoje, não dá para ver com clareza o rock nacional, como no início dos anos 90."

SOBREVIVENTES
Nos últimos anos, nomes como Pitty e Jota Quest figuraram nas paradas. Mas, em 2011, mesmo com lançamentos, nenhuma ficou entre as dez primeiras posições nas rádios, exceto o Skank.
O vocalista do grupo, Samuel Rosa, lamenta: "Infelizmente, o rock não é mais a música favorita da garotada."
Para Mello, a cena que produziu a última leva de bandas de rock nacional mainstream, como Cine e Restart, está saturada. "Havia muitas bandas, mas todas faziam um som muito parecido", diz.

Para ele, o rap, gênero em ascensão, ameaça o rock na preferência dos adolescentes. "É uma música que emociona. Agora é o momento dos rappers. O que interessa agora é se eles vão se manter."

Fonte: 1 Folha

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