Das 50 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em outubro passado,  de acordo com a revista "Billboard Brasil", há apenas três de rock ou  pop-rock, sendo que apenas uma delas, do NX Zero (em 35º lugar), é  nacional. 
Com rock em baixa, rap se torna aposta para 2012 
Concentre-se nas 15 primeiras posições, dominadas pelos sertanejos  Michel Teló, Victor & Leo e Luan Santana: não há nenhum roqueiro. 
Até nos Estados Unidos, onde o pop e o hip-hop dominam as paradas, há  mais rock --entre as 50 primeiras, cinco são de bandas do gênero, três  delas no top 20. 
Não é de hoje que os roqueiros perderam espaço no "mainstream" --tanto  nas rádios FM quanto nas listas de discos mais vendidos-- mas, em 2011, a  queda foi bruta. Qual é o motivo? Faltam bandas boas ou falta público? As opiniões divergem. Rick Bonadio, produtor que lançou bandas de rock bem-sucedidas como o  Charlie Brown Jr., diz que vê um período de mudanças. "Algumas bandas  surgiram recentemente e a maioria perdeu força rápido, porém, algumas  muito boas seguiram em frente e vão permanecer. Caso de duas ou três",  diz. "O underground continua produzindo muitas bandas, muitas ruins, mas a  definição do rock vem se apurando e, em pouco tempo, teremos mais uma  grande onda de bandas fazendo sucesso e fazendo o rock novamente dominar  o mercado. O estilo é e sempre será o que mais atrai os adolescentes",  especula o produtor. 
Alessandro Mello, gerente do núcleo musical da MTV Brasil, acredita que  falta um expoente para o rock nacional voltar a crescer. "As grandes  bandas de rock de hoje ainda são as mesmas de dez anos atrás. Falta  aquela banda que, logo no primeiro disco, você percebe o talento." 
"Hoje, não dá para ver com clareza o rock nacional, como no início dos anos 90." 
SOBREVIVENTES 
Nos últimos anos, nomes como Pitty e Jota Quest figuraram nas paradas.  Mas, em 2011, mesmo com lançamentos, nenhuma ficou entre as dez  primeiras posições nas rádios, exceto o Skank. 
O vocalista do grupo, Samuel Rosa, lamenta: "Infelizmente, o rock não é mais a música favorita da garotada." 
Para Mello, a cena que produziu a última leva de bandas de rock nacional  mainstream, como Cine e Restart, está saturada. "Havia muitas bandas,  mas todas faziam um som muito parecido", diz. 
Para ele, o rap, gênero em ascensão, ameaça o rock na preferência dos  adolescentes. "É uma música que emociona. Agora é o momento dos rappers.  O que interessa agora é se eles vão se manter."
Fonte: 1 Folha

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